Assistidos e Reassistidos: A Vigilante do Amanhã

Alexandre Callari, cinéfilo compulsivo, assiste praticamente a um filme por dia e, de vez em quando, resolve compartilhar a experiência na seção Assistidos e Reassistidos.

Nunca li o mangá, nem assisti ao anime, então não tenho termo de comparação para o filme. O que é bom, de certo modo. Como todos dizem que o original é uma obra-prima incomparável, consigo entender por que tanta gente não curtiu o filme.

De minha feita, eu adorei. O visual é lindo e arrojado, e o figurino e os efeitos especiais estão incríveis. O roteiro não é muito amarrado e a direção poderia ser mais segura e ousada, mas ela não chega a comprometer, e dá para pegar legal a mensagem do longa.

Scarlett é uma atriz limitada, mas não dá para negar que a presença dela é eletrizante e seu carisma poderoso. De quebra, tem o incrível Takeshi Kitano, um dos atores japoneses que mais curto.

Poderia ter mais ação, mas o pouco que o filme mostra, é bem-realizado. A cena final do tanque fez com que eu me encolhesse de aflição. Os questionamentos filosóficos podem não ser novidade para fãs de sci-fi, mas nem por isso devem ser desmerecidos – e eles estão presentes aos montes.

Quando o filme terminou, eu estava satisfeito, tendo ciência de ter assistido a um bom entretenimento, que oferece também uma cereja no topo do bolo.