Alexandre Callari, cinéfilo compulsivo, assiste praticamente a um filme por dia e, de vez em quando, resolve compartilhar a experiência na seção Assistidos e Reassistidos.
The Devil’s Plaything
Der Fluch der schwarzen Schwestern
Ano: 1973
Diretor: Joseph W. Sarno
Com: Nadia Henkowa, Marie Forså
Classificação:
Esse filme é uma salada só. Uma coprodução da Suécia/Suiça, feita com investimento da então Alemanha Ocidental, mas falado em inglês.
É um filme tenso e sério, mas sem direcionamento e cadência. Na história, um grupo de bruxas aterroriza e seduz os visitantes de uma hospedaria, com o objetivo de trazer de volta à vida uma vampira centenária, na verdade, a condessa Bathory.
O longa começa com algumas cenas cativantes e bem-fetias do ritual, com as bruxas pintadas, nuas, em volta de um fogaréu ao som de um atabaque, dançando enlouquecidas, enquanto recitam feitiços que parecem mantras e aprisionam mentes incautas. Infelizmente, como o mesmo ritual é repetido 112 vezes ao longo do filme, acaba perdendo o impacto. Durante meia hora nada acontece, exceto o mesmo jogo de sedução – o que enche o saco.
Quando a vampira enfim aparece, no último terço, o longa ganha novo fôlego e comecei a me empolgar, contudo, no último minuto, o diretor faz opção por um final moralista que joga tudo ladeira abaixo.
Pelo que entendi, na época Marie Forså era uma grande sensação na Suécia. Como ela aparece nua várias vezes, o filme chamou bastante atenção em seu país local. Ela contracena com Nadia Henkowa, que fez apenas nove filmes, incluindo um pornô. Uma pena que tenha trabalhado pouco, porque ela tem carisma e manda bem no papel de líder das bruxas.
Foi interessante conhecer esse filme, mas não o revisitaria nem tive vontade de conhecer outras coisas do diretor Sarno.