Assistidos e Reassistidos: Zeder (1983)

Alexandre Callari, cinéfilo compulsivo, assiste praticamente a um filme por dia e, de vez em quando, resolve compartilhar a experiência na seção Assistidos e Reassistidos.

Os primeiros dez minutos deste filme italiano foram ruins de doer, retratando um flashback que se passa quase vinte anos antes da trama principal. Cheguei a pensar em desligar a película, mas isso contraria meus princípios. Ainda bem, pois “Zeder” é um filmaço que, por pouco, não ganhou quatro estrelas.

Quando a história começa de fato, acompanhamos um escritor que se envolve ao acaso numa conspiração que chega até os salões do Vaticano, cujo objetivo é sistematizar uma forma de trazer os mortos de volta à vida. O que, obviamente, eles conseguem.

É uma pena que alguns aspectos da conspiração não se amarrem – e não é só questão de pontas soltas, mas de ideias jogadas à esmo. Esse foi o principal motivo de eu ter diminuído a nota final. A isso se somam dois ou três sustos fáceis e desnecessários, que não contribuem para a trama e ficam deslocados. Parece que eles só estão lá para o diretor nos lembrar que se trata de um filme de terror, quando de fato, “Zeder” é muito mais um thriller eficiente.

Com boas atuações de todos os envolvidos, no final o longa vira um verdadeiro pesadelo, que me fez pensar se Stephen King não teria se inspirado nele para escrever seu clássico “Cemitério Maldito”.