Between The Buried and Me: o uso dos sonhos como entretenimento

Em seu 18º ano de existência, banda americana lança álbum conceitual duplo

A banda americana Between The Buried and Me lançará seu novo álbum, “Automata (Part One)”, no próximo dia 9 de março. Conceitual, o trabalho explora a possibilidade da transmissão dos sonhos com a proposta de entretenimento.

Será que poderíamos consumir os pensamentos mais profundos de uma pessoa na tela? Se sim, o que isso diz sobre um público faminto por algo que lhe chame a atenção? Mais importante, o que aconteceria com o sonhador? Essas perguntas são expostas no oitavo trabalho do grupo, que será o primeiro pela Sumerian Records.

“Nunca queremos nos repetir. Estamos sempre tentando fazer algo diferente e esse álbum se encaixa exatamente nesse padrão. Nos forçamos a ir para caminhos diferentes, enquanto mantemos a sonoridade básica. Musicalmente, é um lugar divertido e desafiador, pois nunca sabemos qual será o resultado final. São mares nunca dantes navegados para nós. Jamais compusemos uma peça inteira e a lançamos em partes, como esta”, comentou o guitarrista Paul Waggoner.

Já Tommy Giles Rogers Jr. explica que mesmo com tantos anos de carreira, a ideia foi continuar fazendo as coisas de forma diferente. “A história segue um protagonista, cujos sonhos são transmitidos como entretenimento por uma empresa chamada ‘Voice Of Trespass’. A maior parte do álbum se passa dentro desses sonhos e o personagem acha que tudo é real”, diz.

“Apesar de se passar no futuro, há muitos paralelos com a sociedade moderna. Frequentemente, transformamos atletas, estrelas de cinema e músicos em produtos. Esquecemos que são pessoas de verdade, com problemas reais. Eles são a fuga da sociedade de sua realidade, já que os usamos como entretenimento. Assim, ela tem participação em sua queda; seja vício de drogas, isolamento ou até suicídio. Perpetua problemas mentais com essas expectativas”, conclui Waggoner.

Confira o vídeo da faixa ‘Condemned To The Gallows’: