Pesquisa encomendada pela Dell aponta que o jogador do país não fica isolado do mundo em seu quarto
Um estudo encomendado pela Dell mapeou os hábitos, comportamentos e peculiaridades dos gamers de 11 países (Australia, Brasil, Canadá, China, França, Alemanhã, Índia, Japão, Nova Zelândia, Reino Unidos e Estados Unidos). O levantamento realizado pela consultoria ResearchScape com 5.763 jogadores (580 no Brasil) traça o perfil de um gamer brasileiro que gosta de fazer atividades físicas, passar tempo com a família e amigos e é inclusivo, além de ser orgulhoso de jogar.
De acordo com o estudo, o jogador atual não pode mais ser identificado com aquele estereótipo do jovem adolescente isolado do mundo em seu quarto. O gamer brasileiro é, inclusive, o que mais gosta de fazer exercícios físicos – 46% dos consultados no país relataram fazer atividades físicas regularmente (contra uma média mundial de 35%). Entre outras atividades de interesse dos brasileiros, foram as mais mencionadas: escutar música (75%), viajar (67%), passar tempo com a família (67%) e amigos (60%).
A comunidade dos gamers dá exemplo quando o tema é inclusão. No Brasil, apenas 14% dos jogadores relataram importar-se com a raça, orientação sexual ou visão política de seus adversários ou parceiros em jogos online. Na média dos demais países, esse índice é de 21%. Em território nacional, o que mais importa na hora de jogar contra um adversário ou escolher um parceiro de equipe é a habilidade no jogo (51%).
O gamer de hoje também não tem motivos para ficar escondido no quarto. Segundo a pesquisa, os jogadores brasileiros têm orgulho de jogar e, quando questionados sobre qual a sensação quando são identificados como tais, os entrevistados mencionaram que por serem gamers, são mais divertidos (50%), empolgados (41%) e inteligentes (40%). Em contraste, apenas 7% dos consultados afirmaram que se sentem julgados ou diminuídos por jogarem.
Gamer brasileiro começa cedo
A maioria dos gamers brasileiros (53%) começa a jogar antes dos 13 anos, o que representa um percentual superior em contraste até mesmo com mercados mais tradicionais dos jogos como o dos Estados Unidos, onde 41% começam antes dessa faixa etária. Em compensação, quando o assunto são horas jogadas, os norte-americanos ficam à frente com a maioria dos gamers, passando de dez a 19 horas por semana online. No Brasil, a maior parte joga de uma a nove horas semanais.
De acordo com a consultoria Jon Peddie, o mercado de games global está em franca ascensão e superou os U$ 30 bilhões anuais em vendas pela primeira vez em 2016. A previsão é de crescimento anual composto de 6% até 2019. “A pesquisa comprova que é um grande momento para que novos gamers juntem-se à comunidade. O estudo também avaliza nossa aposta no segmento como uma das prioridades da Dell no Brasil, em que partimos da oferta de um notebook em 2016, para uma família completa com mais de 50 produtos entre PCs e acessórios disponível hoje”, explica Vinicius Lima, Gerente de Marketing para o Portfólio Gaming da Dell.
O gamer brasileiro entende que, além da diversão, jogar traz benefícios para a vida pessol, entre os quais: estímulo do pensamento estratégico (43%), avanço na coordenação motora e da visão (46%) e melhoria no tempo de reação (45%). A pesquisa também mostra que esses jogadores estão dispostos a compartilhar a diversão, uma vez que 83% dos entrevistados afirmaram já terem apresentados jogos para dois ou mais amigos que posteriormente também viraram gamers.
Com o avanço das tecnologias de comunicação nas plataformas de jogos, os games são cada vez mais sociais. No Brasil, 37% dos consultados mencionaram que fizeram grandes amizades a partir de um contato iniciado em um jogo. Para 32%, os jogos ajudam a mantê-los conectados com seus amigos e 8% até encontraram suas almas gêmeas durante um jogo.
Embora os gamers valorizem os aspectos sociais permitidos pelo avanço da tecnologia, eles ainda entendem que há espaço para evoluir. Para melhorar a comunidade, 36% deles acredita que são necessárias melhores ferramentas de comunicação nos jogos, 29% querem mais recursos interativos e 28% gostariam de ver mais ferramentas colaborativas.