Vídeo da música ‘Blackbird’ mostra o músico e sua The Chophouse Band
Jason Newsted é um baixista que se tornou conhecido por ser um da primeira encarnação do Flotsam and Jetsam, mas obteve o estrelato mundial após entrar para o Metallica, no final de 1986 substituindo o saudoso Cliff Burton, e lá permaneceu até 2011, tendo participado dos álbuns “…And Justice for All” (1988), “Metallica” (ou, como popularmente conhecido, “Black Album”, 1991), “Load” (1996) e “Reload” (1997).
Seguiu carreira passando por Ozzy Osbourne, Voivod e WhoCares, entre outros, mas o assunto aqui é Jason Newsted and The Chophouse Band. Batizada em homenagem às quatro instalações do estúdio de gravação de Jason nos Estados Unidos, esta banda teve início em 1992, fundada pelo músico em São Francisco.
Após o sucesso do “Black Album”, o The Chophouse Records Studio foi concebido por Newsted para reunir amigos e colegas de outras bandas, com a finalidade de ser um local para curtir ideias e sons, se divertindo tocando músicas e jams durante tempos de inatividade. E daí veio uma espécie de banda.
The Chophouse Band consiste em Newsted, que canta e toca violão e guitarra, acompanhado por músicos próximos de todos os estilos, entre eles Chris Barnett, Mike Hughes, Tom Jordan, Joe Ledesma, David Lopez, Jesus Mendez, G.E. Perez, Mike Ramos, Brian Sagrafena, Angeline Saris, Chris Scianni, Amir Tal e Rob Tucker.
No caso de ‘Blackbird’, música composta por Jason Newsted e Amir Tal, e que pode ser assistida ao final do texto em gravação ao vivo capturada no Norton Sculpture Garden, em West Palm Beach, Flórida/EUA, a formação consiste em Newsted (vocal e violão), Tal (violão), Joe Ledesma (baixo) e Robert John Tucker (percussão).
Jason Newsted inspirado pela música acústica
Durante uma aparição no programa de rádio “Eddie Trunk Live”, da SiriusXM, Newsted explicou como a doença de sua mãe e sua eventual morte inspiraram seus atuais projetos baseados em acústica.
“O que aconteceu foi que eu tive que continuar tocando, e ela sabe que eu tinha que continuar”, explica o músico. “Então eu peguei o violão e comecei a fazer o que era capaz quando eu estava perto dela. Aprendi um estilo mais voltado para o country fui fazendo minhas músicas. Isso aconteceu em meados de 2014.”
O músico detalhou o processo e explicou como a adversidade fez com que conseguisse evoluir dentro da proposta: “Eu tocava algumas músicas para ela, de uma forma meio tosca, pois era um baixista com a mão pesada no violão. Fui aprendendo esses acordes de cowboy, coisas como Johnny Cash, Neil Young e George Jones. Agora me aprofundei mais, mas a coisa começou assim, comigo tocando músicas para a minha mãe. E ela não se lembrava necessariamente, no dia seguinte ou nos próximos dois dias, quais eu tocava, e então reagia a certas músicas da mesma maneira sempre que as ouvia como se as escutasse primeira vez. Dessa forma, isso me mostrou o que seguir, quais tinham mais groove, aquelas nas quais a minha voz se encaixava, e tudo mais. Foi assim que comecei a coletar minhas músicas. Eu tinha que continuar tocando música, é claro, mas o jeito para seguir naquele momento era eu e um violão, já que tive que colocar todo o resto em espera.”