Ministério apoia 10 Centros de Recondicionamento de Computadores em todo o Brasil, que promovem a reabilitação de equipamentos eletrônicos e a formação de jovens de baixa renda. Mais de 50 toneladas de resíduos foram descartadas de maneira ambientalmente correta.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) reuniu nesta quarta-feira (15), em Brasília, governo, empresas e entidades do terceiro setor para debater soluções e apresentar casos de sucesso das políticas de reaproveitamento e descarte ambientalmente correto de equipamentos de informática.
Uma iniciativa do MCTIC apresentada no evento Diálogos sobre Economia Circular são os Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs). Por meio de convênios, o ministério apoia hoje 10 centros em todo o Brasil que recebem doações de equipamentos de informática e reabilitam essas máquinas, que são retornadas a escolas, bibliotecas e telecentros. Os espaços também promovem cursos de formação para jovens de baixa renda. Desde 2006, mais de 50 toneladas de resíduos eletrônicos foram descartadas de forma correta por meio dos CRCs.
“Hoje nós temos a Política Nacional de Resíduos Sólidos e o que estamos fazendo aqui é definir melhor os parâmetros dessa lei no que diz respeito à indústria eletroeletrônica. A gente pretende ter diretrizes melhores para os programas que estamos implementando e entender melhor as experiências de cada setor”, explica o diretor de Inclusão Digital do MCTIC, Américo Bernardes.
Segundo a diretora-presidente da Ellen MacArthur Foundation no Brasil, Luisa Santiago, o conceito de economia circular vai além da simples reciclagem. O objetivo é pensar em soluções que mantenham produtos, componentes e materiais em seu mais alto nível de utilidade constantemente. A fundação foi criada em 2010, e o Brasil é o primeiro país fora da Europa a receber um escritório da entidade.
“Reciclagem é um processo linear por definição. Você precisa gerar resíduo para haver reciclagem. Na economia circular você elimina a ideia de resíduo desde o princípio para fazer uma economia que funciona melhor no longo prazo, que tem no centro da sua estratégia ser restaurativa e regenerativa por princípio”, conceitua.