Nova espécie de camarão recebe nome em homenagem ao Pink Floyd

A nova espécie de camarão, Synalpheus pinkfloydi, recebeu o nome em homenagem à banda Pink Floyd

A nova espécie de camarão marinho descoberta recebeu o nome de Synalpheus pinkfloydi, uma homenagem ao Pink Floyd feita pela equipe de pesquisadores. Trata-se de um novo tipo de camarão-pistola, ou camarão-de-estalo. Sua principal peculiaridade, é que ao fechar sua garra grande rapidamente – que apresenta uma tonalidade rosa muito marcante, vale observar – ele consegue uma gerar energia sônica tão intensa que as ondas sonoras são capazes de matar pequenos peixes.

O Synalpheus pinkfloydi pode ser encontrado na costa do Pacífico do Panamá e produz um som de 210 decibéis, superando o limite sonoro de um tiro deflagrado por arma de fogo (que gira entre 140 e 190 decibéis, considerando variações de tipo e calibre de armamento), ou seja, estamos falando de um dos mais altos registros sonoros encontrados no oceano.

A equipe responsável pela descoberta, conta com Arthur Anker, da Universidade Federal de Goiás (Brasil), Kristin Hultgren, da Universidade de Seattle (EUA), e Sammy De Grave, do Museu de História Natural da Universidade de Oxford (Reino Unido). Naturalmente houve consenso entre os pesquisadores para utilizar o Pink Floyd como referência e base do nome. O Synalpheus pinkfloydi foi descrito do periódico Zootaxa.

“Eu ouço Pink Floyd desde que The Wall foi lançado, em 1979, quando eu tinha 14 anos. Eu os vi ao vivo diversas vezes desde então, incluindo na reunion do Hyde Park, para a Live 8, em 2005. A descrição dessa nova espécie de camarão-pistola foi a oportunidade perfeita para finalmente homenagear minha banda favorita.” – declarou Sammy De Grave.

Não é a primeira vez que Sammy De Grave batiza um crustáceo inspirando-se no mundo do rock. Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones, também recebeu uma homenagem do pesquisador, que se baseou nele para dar nome à outra espécie de camarão, o Elephantis jaggerai.

Também não é a primeira vez alguém da comunidade científica leva sua paixão pelo rock para o meio acadêmico e descobertas científicas. Aqui mesmo no Rockarama já falamos de um caso parecido, que rolou com Tuomas Holopainen, do Nightwish. Leia aqui.