O baterista Rikki Rockett fala sobre a carreira, seus problemas de saúde e seus outros projetos
Na segunda metade da década de 80, o mundo era embalado por bandas de AOR e hard rock (ou glam metal, hair metal, como preferir). Neste segundo grupo, elas aproveitaram muito bem aquela que foi chamada de a “década dos excessos” e exageraram na imagem e em levar ao pé da letra o trinômio “Sexo, Drogas e Rock and Roll.” Um desses foi o Poison, que provavelmente mais do que qualquer outro, pagou pela imagem andrógina, especialmente na capa do primeiro álbum, “Look What the Cat Dragged In” (1986). Porém, isso não impediu que músicas como “Cry Tough”, “Talk Dirty to Me”, “Nothin’ but a Good Time”, “Fallen Angel”, “Unskinny Bop”, “Ride the Wind”, “Stand” e as baladas “Every Rose Has Its Thorn” e “Something to Believe In”, entre outras, fossem a trilha sonora de toda uma geração. Os tolos, que se deixam levar pela imagem, perdem a chance de se divertir com uma grande banda de rock’n’roll. E foi para falar sobre tudo isso e muito mais que batemos um papo com Rikki Rockett.
Como é voltar a ser o Poison novamente? Será só essa turnê com Def Leppard e Tesla ou podemos esperar algo mais, como um álbum?
Rikki Rockett: Olha, eu quero fazer isso desde o início [dessa nova turnê]. Eu adoro estar no estúdio e compor novas músicas. Foi por essa razão que comecei o Devil City Angels, porque estava frustrado que o Poison não estava fazendo nada criativo. Sempre penso em tentar convencer o resto da banda a fazer isso. Não sei por que não podemos nos juntar e fazer acontecer. Parece uma tarefa enorme, um grande obstáculo, não sei por quê.
Eu não quero dizer que gostaria de me livrar do passado, porque eu não quero, mas, ao mesmo tempo, gostaria de poder seguir em frente” – Rikki Rockett (Foto: Insragram @bretmichaelsofficial)
É estranho, mas até entendo que Brett (Michaels, vocal), Bobby (Dall, baixo) e C.C. (De Ville, guitarra) não se sintam motivados. Pensando na questão da criatividade até muda alguma coisa, mas, no fim das contas, quando se trata de dinheiro não vai mudar nada.
Rockett: Você quer dizer, em termos de gravação?
Não, quero dizer que se você grava um novo álbum, com aquele nome lá no cartaz, não vai fazer muita diferença. Ainda serão as mesmas pessoas que estarão lá para assistir e vocês terão que tocar “Talk Dirty To Me”.
Rockett: Bem, esse é o preço de se estar numa banda que já existe há algum tempo. Eu não quero dizer que gostaria de me livrar do passado, porque eu não quero, mas, ao mesmo tempo, gostaria de poder seguir em frente. É uma questão nebulosa, bem delicada. Nós poderíamos compor uma nova “Talk Dirty To Me”, mas eu não sei se as pessoas querem ouvir isso ou não, e isso é frustrante. O Aerosmith conseguiu fazer isso, mas não é todo mundo que consegue. Mesmo os Rolling Stones tiveram esses problemas nos últimos anos. Mas é importante que isso permaneça viável. Para os mais fanáticos isso é importante e é para eles que você faz esse tipo de coisa [gravar um novo álbum]. É para si mesmo e para os fãs verdadeiros, não para mudar seu nível de popularidade hoje em dia. Não acho que é isso que vá mudar.
Você formou o Devil City Angels, C.C. o Samantha Seven e Brett faz turnês solo, mas nunca se chega ao nível do Poison. Vocês não tocam em lugares do mesmo tamanho. Por que quando são vocês quatro tudo fica tão único e especial?
Rockett: Acho que muitos fatores contribuíram. Para começar, acho que é uma “mistura” particular. Acredito que foi um período muito especial em que conseguimos capitalizar, sou muito honesto quanto a isso. Porém, também penso que há grandes músicas, a trilha sonora perfeita para aquele momento. E rock para mim é isso: uma trilha sonora para sua atitude. E nós fomos perfeitos para as atitudes daquela época. E as pessoas sentiram falta. De uma forma nostálgica, elas continuaram conosco e não querem se livrar disso. Quem quer? Foi um grande momento na história do rock. Então, para tocar ao vivo e ainda conseguir manter essa química, é uma coisa muito especial, não são muitas bandas que ainda conseguem. Modéstia à parte, acho que o Poison é especial.
Sim, e há algo a se dizer sobre química. Por exemplo, Neil Peart (Rush) é um grande baterista, mas se colocasse no Poison não ia soar bem. Seria bizarro…
Rockett: (risos). Provavelmente seria. Eu tive essa discussão há pouco tempo no Facebook. Alguém me perguntou: Keith Moon (The Who) ou Neil Peart? Eu disse que Keith provavelmente inspirou Neil, mas você consegue imaginar Peart no The Who? É claro que ele teria os recursos para tocar bem, mas seria uma banda muito diferente. Talvez até melhor, mas eu acho que não. Porque há o fator inconsequência. Quando se fala de rock’n’roll há algo de inconsequente. É isso que faz os Stones tão sensacionais. Parece que as coisas vão sair do controle em algum momento e, no fim, não saem. Essa é a beleza da coisa. Quando o rock é tão polido, para mim é outra coisa. Não que seja ruim, é só diferente, não tem o mesmo espírito. E o Poison é um pouco inconsequente em alguns momentos.
Penso que o mais próximo que chegaram a igualar essa química na guitarra foi com Blues Saraceno, no “Crack a Smile”, mas vamos seguir em frente e falar do primeiro álbum, “Look What the Cat Dragged In”. O que ele significa na sua carreira e quais as suas memórias daquela época?
Rockett: Sabe o que é mais engraçado? Eu sinto como se “Open Up and Say… Ahh!” (segundo álbum do Poison) seja realmente nossa estreia. Para mim, “Look What the Cat Dragged In” é como uma longa demo. E não digo isso para diminuí-lo, porque é um grande disco, mas não tivemos tempo de deixá-lo como queríamos. Nossa ideia era que fosse um álbum para festa. As músicas foram compostas imaginando como seria viver uma vida maravilhosa, porque não era como estávamos. Com a exceção de “Cry Though”, as outras eram todas um desejo. Então, era um pouco mais sujo e desleixado e incorporou todas essas coisas, preparando para o que viria a seguir. O “Native Tongue” (quarto álbum de estúdio) é bem polido e gosto dele como ele é, porque todo mundo tocou muito bem nele. Não é a personificação do Poison, mas mostrou que podíamos fazer outras coisas. Ele tem o seu lugar na história. Eu sei que não estamos falando sobre ele… (risos)
Quero falar sobre ele, porque a performance é ótima e há algumas grandes músicas naquele disco. Existe a chance de vocês revisitarem-nas ao vivo ou até regravá-las em algum momento se fizerem um novo álbum, para dar-lhes o toque de C.C. DeVille e dos outros integrantes originais?
Rockett: Olha, provavelmente não, mas não é impossível. Acho que tocamos “Stand” ao vivo com C.C. em uns dez shows. Mas, veja, eu não quero tocar essa música. Temos um catálogo grande o bastante para não precisar tocar as músicas que fizemos com Richie (Kotzen, guitarrista que tocou em “Native Tongue”) e aquele álbum até que vendeu bem para a época em que foi lançado. Devagarzinho, chegou a 2 milhões de cópias, se não me engano, tenho que checar, mas não foi um fracasso…
Não, pois chegou ao número 16 da Billboard, o que naquela época significava alguma coisa. Hoje se você chega a número 16 quer dizer que vendeu 400 cópias…
Rockett: Exatamente. Há posições bem piores para um álbum chegar do que no Top 20, certo? E ainda pudemos fazer uma boa turnê com esse lançamento. Não notamos declínio em nada até o final daquela turnê e, mesmo assim, estava legal. Foi após essa turnê, quando passamos um tempo separados e quisermos nos juntar depois, que encontramos muita resistência. Nos diziam que não tínhamos C.C. e o com o clima que as coisas estavam, a forma como a música mudou, estávamos com as costas na parede. Foi aí que decidi não fazer mais nada por um tempo e me dedicar a fazer quadrinhos e deixar as coisas acontecerem naturalmente. Esperar C.C. fazer o que ele tinha que fazer e quando estivéssemos prontos para voltar, voltaríamos da forma correta. E nós voltamos.
Houve alguma sensação de decepção ou raiva com C.C. naquele momento porque…
Rockett: Claro que sim!
Então houve um momento em que você odiou muito ele e disse: “Filho da… ” você nos custou…
Rockett: Nós odiamos. Todos os integrantes dessa banda se odiaram em algum momento na nossa trajetória, isso não se discute. Chegou a ser algo contagioso. Mas, honestamente, C.C. não é mais aquela pessoa. Acho que nenhum de nós é. Todos evoluímos e acredito que ele está muito feliz de estar nessa banda, fazendo isso.
Há aquela teoria em psicologia que diz que mudamos a cada dez anos. Quero voltar a alguns dos álbuns, mas quero falar sobre questões de saúde. Vamos começar com Bobby, que sofreu uma contusão no pescoço e todo mundo se preocupou. Como ele está com relação a conseguir cair na estrada e lidar com os rigores disso?
Rockett: Ele não está 100%. Tem uma dor com a qual tem que lidar e que nunca vai passar, mas consegue fazer o trabalho dele muito bem.
E, claro, há os seus problemas médicos. Você conseguiu se livrar de um câncer (N. do T.: em dezembro de 2015, Rockett anunciou que lutava contra um câncer de garganta) com a ajuda de uma clínica em San Diego. Tudo bem com você? Tem algum receio de cair na estrada?
Rockett: Sim. Fiz uma turnê de uma semana com o Devil City Angels, o que é mais difícil ainda. Uma semana de turnê com essa banda se equivale a um mês com o Poison. No Poison as coisas são mais confortáveis. Eu tenho efeitos colaterais por causa do tratamento pelo qual passei. Alguns deles vão diminuir cada vez mais com o passar do tempo e outros são para sempre. Eu não posso simplesmente virar o remédio [que preciso tomar] de uma vez, e ficar conversando enquanto faço isso. Tenho que me concentrar. Se eu como batatas tem que ser com muita calma, demora para eu engolir. Minha garganta não funciona tão bem quanto antes. Mas eu consigo comer como uma pessoa normal! E também meu pescoço fica inchado por causa da radiação que sofreu. Às vezes, fico cansado mais rápido, mas não sempre. Tem dias que estou com tudo, outros eu sinto que preciso dar um tempo. Mas, vamos ver como vou me sair na turnê, pois as exigências são um pouco diferentes. Eu faço exercícios, tento me alimentar bem e estou vivo! Estou fora de terapia desde julho (de 2016) e sou um dos sortudos que conseguiu passar por isso.
Talvez essa seja uma pergunta inapropriada, mas há um plano B na turnê? Algum outro baterista de plantão, só para garantir ou nem se pensa sobre isso?
Rockett: Bobby e eu conversamos sobre isso. Eu não sei, talvez chame o Troy (Lucketta) do Tesla para me substituir. Não sei o que farei. O que sei é que eu perceberia rapidamente se começasse a não me sentir bem. Não ia acontecer de repente eu não aparecer uma noite. Não estou tão vulnerável assim. Na verdade minhas hemácias estão bem normais. Se você olha meu sangue hoje, é de uma pessoa normal, parece que nunca aconteceu nada. Mas há alguns efeitos colaterais mais fortes, que necessitarão de mais tempo para superar.
Se você olha meu sangue hoje, é de uma pessoa normal, parece que nunca aconteceu nada” – Rikki Rockett
Tudo o que aconteceu deve ter tornado ainda mais especial se juntar aos outros caras e sair em turnê.
Rockett: Sim, é nosso aniversário de 30 anos, apesar de tecnicamente, eu acho que já são 31. Mas de quando conseguimos o contrato com a Capitol e lançamos o primeiro álbum são trinta. Não vamos conseguir fazer isso para sempre. Talvez consigamos por mais tempo do que imaginamos, mas nunca se sabe. Pode ser que acabe amanhã. Mas sou uma pessoa que gosta de se envolver com outras coisas. Aliás, enquanto estou em turnê, sempre levo uma motocicleta comigo e, dessa vez, vou fazer um ensaio fotográfico, mostrando a estrada do ponto de vista de um motociclista. Essas fotos ficarão expostas na Leica Gallery em Los Angeles, com o lucro das vendas indo para ajudar no pagamento de tratamentos de quimioterapia. Vou fazer vídeos também. Irá se chamar “From the Saddle”.
Isso é ótimo! Vamos falar sobre The Special Guest, pois você, Bobby e C.C. saíram em turnê com Brandon Gibbs (Cheap Thrill, Devil City Angel) sob esse nome. Isso foi apenas vocês três se divertindo ou são vocês mandando uma mensagem?
Rockett: Essa é uma pergunta interessante e você foi bem perceptivo (risos). Foi como… ‘Olha, o Poison não é o Poison sem o Brett ou qualquer um de nós.’ No entanto, haviam nos oferecido alguns shows e havia alguns que nós queríamos muito fazer, mas Brett tinha outros compromissos. Nós nem discutimos isso com ele, simplesmente resolvemos fazer os shows, mas não como Poison. Não queríamos enganar ninguém dizendo que essa era a nova formação da banda. Bobby e C.C. conheciam Brandon por causa do Devil City Angels e gostavam dele, aí pensamos: ‘Por que não fazer alguns shows com ele? Por que ficar em casa enquanto Brett faz as coisas dele?’ Essa foi a única mensagem: ‘Brett, nós também não vamos ficar parados.’ Não é que ele será substituído ou qualquer coisa assim, é mais para mostrar que nós vamos fazer algo.
Me parece justo, porque de um lado ele vai fazer shows com sua carreira solo – e tem todo o direito de fazer isso –, mas não é por isso que vocês vão ficar em casa olhando pro nada, torcendo para o telefone tocar.
Rockett: Certo e, honestamente, não fizemos isso como uma mensagem para Brett, foi só para fazermos alguma coisa. Eu só tinha dúvida se o público nos aceitaria, o que acabou acontecendo. Brandon fez um grande trabalho.
Como quatro caras se divertindo de forma inocente. Bem, você mencionou que considera “Open Up and Say… Ahh!” o “verdadeiro primeiro álbum”. Estou curioso sobre o porquê disso. Foi porque nesse puderam planejar e trabalhar com um produtor de verdade, Tom Werman?
Rockett: Bem, nós tivemos a experiência em estúdio com “Look What the Cat Dragged In” e já sabíamos da nossa capacidade. Eu aprendi muito. Naqueles doze dias que passamos gravando, apesar de eu não ter ficado exatamente amigo de Ric Browde (produtor), devo dizer que foi um aprendizado e tanto. Tanto com ele como Jim Faraci (coprodutor e engenheiro de som), que foi fenomenal. Conhecemos melhor todo o processo de gravação. Já tínhamos gravado demos profissionais, mas nada comparado à pressão de um álbum oficial. Aí, quando entramos em estúdio com um orçamento de verdade, com Tom, foi para chegarmos a outro nível. Acho que Tom ficou impressionado por termos passado por um período de “treinamento militar” de gravação anteriormente.
Para você, sendo fã do Cheap Trick, deve ter sido demais gravar com Tom Werman.
Rockett: Sabia que enquanto gravávamos, Bun E. Carlos (N. do T: baterista do Cheap Trick) estava na cidade e tinha uma parte em uma música que eu não sabia o que fazer e eu pedi uma ajuda para ele. Bun E. se sentou comigo e me deu sugestões, foi muito legal. Ele tem um ótimo senso de humor.
Então podemos dizer que Bun E. Carlos do Cheap Trick foi seu técnico em algumas músicas de “Open Up and Say… Ahh!”?
Rockett: Não. Foram apenas duas músicas nas quais eu tinha dúvida. Ele não tinha muito tempo, então passamos apenas um dia juntos.
Alguma chance de voltarmos a ouvir “Back to the Rocking Horse” ao vivo novamente?
Rockett: Cara, eu adoraria voltar a tocar essa. Queria nessa tour, foi uma das minhas sugestões. “Blame it On You” também, adoro essas músicas. Se dependesse de mim, durante os próximos anos, tocaríamos cada ano um álbum, do começo ao fim. Acho que seria ótimo. E, no final, você volta e toca os outros hits. Adoraria fazer isso!
Seria muito legal ver o Poison tocando três noites seguidas em um teatro, fazendo um álbum por noite e depois os outros hits.
Rockett: Eu adoro essas coisas. Eu assisti ao Aerosmith quando eles fizeram o show de lados B, com o público escolhendo as músicas na hora. Cometiam erros, mas foi fenomenal porque dava para perceber o âmago do que eles realmente eram, e era ótimo mesmo com os piores erros. Dava para sentir aquela sinergia. Eu faria uma tour intitulada “Call It Out” (N. do T.: algo como “faça o pedido”) para as pessoas pedirem as músicas que quiserem e nós termos que lembrar na hora. Porque, para falar a verdade, nós temos que saber todas as nossas músicas e digo mais, melhor do que jamais tocamos. Eu sei que consigo tocá-las melhor.
Essa é uma das questões difíceis da vida do artista. Você grava a música, os fãs adoram e quando vai tocar você começa a pensar: “deveria ter feito isso, deveria ter feito aquilo”. Todo músico olha para seus álbuns assim.
Rockett: Sim, uma das coisas que aprendi com Bruce Fairbairn (N. do T.: produtor do álbum “Flesh and Blood do Poison”, que trabalhou com Blue Öyster Cult, Krokus, Aerosmith, Bon Jovi e muitos outros), que tenho como um dos maiores produtores da história do rock – que Deus o tenha -, é a pré-produção. Ele era um ‘nazista’ da pré-produção (risos). No estágio da pré-produção, era trabalho, no mínimo, seis horas por dia, sem descanso. Um pequeno intervalo de meia hora para almoço. E o processo dele era o seguinte: fazíamos três takes. Se você não conseguisse o que queria em três takes, seguia-se em frente e não se encostava nessa música por dois dias. Isso só aconteceu em uma música, porque estávamos muito bem ensaiados. Eu tenho saudades de Bruce, por mim ele seria o produtor de todos os álbuns em que eu estivesse envolvido!
Tomara que tenhamos um novo álbum do Poison. Ele não poderá estar, mas poderiam chamar Tom Werman de volta, seria interessante.
Rockett: Eu adoro Tom Werman. Ele é fenomenal, assim como Richie Zito, com quem não tivemos tanto sucesso, mas acho que foi porque o timing daquele álbum (“Native Tongue” de 93) foi errado, além de quem estava na banda. Tivemos sorte de trabalhar com quem trabalhamos.
É ótimo perceber que está bem, porque algumas notícias que recebi me assustaram. Então, é ótimo vê-lo de volta em uma turnê. Para mim, vocês quatro têm sempre que estar juntos e fazer uma tour todo verão, assim como o Def Leppard.
Rockett: Eu sei. Eu comentei com alguém que quando éramos banda principal em tudo quanto era turnê que éramos como o ‘Grateful Dead do glam’. As pessoas programavam suas férias de verão para poderem nos ver…
Eu fiz isso.
Rockett: Alguns nos viam durante três ou quatro semanas.
Foi exatamente o que eu fiz. Via os shows em Saratoga (Canadá), Boston (EUA), Hartford (EUA). Eu via quatro ou cinco dos shows de vocês na sequência. Temos saudade. Voltem a fazer isso!
Rockett: Eu concordo! Eu também vou fazer mais shows com o Devil City, agora com o Joel (Koshe) do Collective Soul nas guitarras. É muito legal poder tocar ao vivo essas músicas, porque acho nosso álbum ótimo.
Isso quer dizer que teremos um novo álbum do Devil City Angels?
Rockett: Sim! Brandon e eu temos falado bastante sobre isso. Mas meu foco agora é o Poison. Vamos tocar até o fim de junho, início de julho. Depois eu volto para casa, faço meus exames e aí vamos fazer esse disco.
Transcrito e traduzido por Carlo Antico. Colaborou Mauricio Tamboni.