Vinil Brasil, a mais nova fábrica de discos de vinil, abre em São Paulo

Fábrica paulista chega para suprir a crescente demanda do mercado brasileiro por discos de vinil

Michel Nath, responsável pela Vinil Brasil | Foto: Felipe Paciullo
Michel Nath, responsável pela Vinil Brasil | Foto: Felipe Paciullo

A Vinil Brasil, nova fábrica de discos de vinil em São Paulo, abre hoje na Barra Funda para pedidos. Única do segmento na capital, a empresa conta com serviço completo para fabricação de discos de 7 e 12 polegadas.

Bandas, músicos, selos e gravadoras já podem acessar o site oficial atualizado, para fazerem orçamentos e conhecerem todos os detalhes e curiosidades sobre a fábrica, além de informações sobre a cultura da produção de vinil.

A fábrica paulista chega ao mercado mundial, que segundo pesquisa da consultoria Delloitte, vai movimentar US$ 1 bilhão até o final deste ano, com uma produção industrial e ao mesmo tempo diferenciada.

O projeto, idealizado pelo poeta, músico, compositor e DJ, Michel Nath, começou no final de 2014. Depois de Michel ter encomendado seu álbum autoral SolarSoul, na GZ Media, fábrica na República Tcheca. No mesmo período, Michel ficou sabendo da existência de sete prensas abandonadas num ferro-velho.

O maquinário que foi da antiga fábrica da Continental ficou inativo por 20 anos num galpão, além de mais um ano ao relento no local onde foram encontradas. “Quando eu vi a oportunidade de reativar as prensas, vislumbrei a possibilidade de com elas em atividade, gerar um novo momento na cena musical brasileira. A missão da Vinil Brasil é materializar música com qualidade, disseminar cultura e realizar um legado para a Humanidade e o Planeta”, diz o empreendedor do vinil.

Fábrica da Vinil Brasil | Foto: Felipe Paciullo
Fábrica da Vinil Brasil | Foto: Felipe Paciullo

Com o trabalho de antigos funcionários da Radio Corporation of America (RCA), maior fábrica de discos que já funcionou no Brasil, mesclado ao trabalho de novos funcionários da área de tecnologia industrial e de outras áreas, as máquinas receberam tecnologia atual. Além da reforma das máquinas, também está sendo realizada a modernização mecânica, eletrônica e de processos, para que os discos produzidos tenham qualidade equiparável às melhores fábricas do mundo.

No portfólio de discos já produzidos pela Vinil Brasil estão os álbuns: “A Mulher do Fim do Mundo”, de Elza Soares; “MM3”, do trio Metá Metá; “Supersimetria”, de NASCA; “Corpura”, de Aláfia; “Dancê”, de Tulipa Ruiz; o box com quatro compactos “Onisciente Coletivo”, do Ratos de Porão; “Madurar” de Samuca e a Selva; o compacto “Pra Iemanjá”, do DJ Tudo e sua gente de todo lugar convida Dona Anecide Toledo; “SolarSoul”, do próprio Michel, feito na fase inicial, entre outros.

A Vinil Brasil se inspirou e acompanha o processo de produção das melhores fábricas do mundo, adaptando e melhorando seus métodos de produção e atendimento e facilitando o acesso daqueles que querem fazer discos de vinil. A fábrica, por meio do site e do serviço de atendimento ao cliente, disponibiliza a consultoria necessária para que o cliente seja direcionado a como proceder na parte técnica de áudio, na preparação da documentação e na criação e adequação das artes gráficas.

Tudo para que cada disco produzido consiga atingir excelência em termos de qualidade.

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